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quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Prisão do Tempo

A prisão do tempo não me prende apenas entre quatro paredes de cal e pedra, prende-me ao passado de erros futeis e sonhos negados, e dava tudo para fazer recuar o tempo.
A prisão do tempo prende-me ao que sou e a loucura de um passado, e quando for derrubada um dia, as correntes da mente se quebrarão, libertar-me-ão da mágoa e dor, da semente do mal que me puxa para o abismo sem julgamento.
Meu coração quer respirar, mas se o abafo de vez e não respondo ao amor, morrerá sem um dia saber, o que é renascer depois do sofrer, o que é perdoar e não apenas julgar.
Tudo porque a prisão do tempo parece implacável como garras de um predador faminto, que nos seguram e tentam matar, mas a garra que pode matar, também pode ser um pronúncio de vida, basta querer estar do lado certo da barricada, ao qual podemos chamar o nosso destino.
Prisão do tempo, que quando caíres, libertas-me de tudo, menos daquilo que sou.



(pensamento para ti apenas, que penses nisto)

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